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Histórias de migração em forma de cartas

Atualizado: 29 de jun. de 2019


Cartas trocadas entre alunos de português.

Alunos de português da Pastoral do Migrante em Florianópolis/SC trocam cartas com alunos de português do projeto PLAM (Português como língua de Acolhimento) da UFSC situado na escola EB Juscelino Kubitschek em São José/SC.


A professora Viviane, que atua em São José, foi a idealizadora desse projeto. Na última segunda-feira, 24/06, ela foi pessoalmente entregar aos alunos da Pastoral as cartas produzidas por alunos de três turmas que frequentam as aulas de português na EB Juscelino Kubitschek. Nesta aula cada aluno recebeu uma carta para responder. A leitura e produção das cartas, além de um excelente exercício para aprendizagem da língua portuguesa, foi um momento único de trocas interculturais e de experiências.

Aluno da Pastoral escrevendo uma carta de resposta.

Viviane explica um pouco da ideia do projeto: “As cartas foram usadas como forma de educação por Celestin Freinet, um educador francês que depois de perder a voz na Primeira Guerra Mundial, não pôde mais ensinar do jeito que ele sabia (daquele jeito que a gente conhece bem, que o professor ensina e o aluno escuta). No século passado, o meio de comunicação mais usado não era o WhatsApp ou a ligação por celular, era a

carta. Dentro de um envelope, as pessoas escreviam a mão suas ideias, sonhos e histórias, enviavam por um sistema super complexo de correspondência, que aqui no Brasil chamamos de Correios. A carta chegava às mãos de outras pessoas depois de uma longa viagem, era uma forma de afeto que vinha a distância. Freinet estimulava que seus alunos aprendessem pelo fazer, portanto, ler e escrever eram atividades práticas que deveriam fazer sentido. Assim, os alunos trocavam cartas com turmas em outras escolas para se conhecer e também praticar a leitura e a escrita. Nossa proposta aqui vai ser um pouco diferente, pois nossos alunos são todos migrantes de outros países. Nós do PLAM da escola EB Juscelino Kubitschek em São José-SC, vamos enviar cartas nos apresentando para outros alunos e contando porque viemos para o Brasil para os alunos da Pastoral do Migrante de Florianópolis-SC.”

Alunas da Pastoral preparando suas cartas.

Os professores voluntários do PLAM envolvidos no projeto são: José Andrade do Nascimento, Marina Ramos Luz, Renan da Silva Suenes, Suede Maria Pereira Silva, Viviane Lima Ferreira. E as professoras voluntárias da Pastoral envolvidas são: Natalia Benatti Zardo, Morena Porto e Graziela Nack.


Para saber mais sobre as aulas de português oferecidas na Pastoral do Migrante de Florianópolis clique aqui.

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